O
bullying, entre crianças e adolescentes é um fenómeno muito comum (sendo que não é exclusivo desta faixa etária). Num estudo realizado em Portugal, quase 50% dos jovens revelaram estar envolvidos em comportamentos de
bullying uma vez por mês, como vítimas, agressores ou ambos.
O que é o bullying?
O bullying corresponde a um comportamento intencionalmente agressivo, violento, humilhante, que envolve um desequilíbrio de poder: as crianças que fazem bullying usam o seu poder (a sua força física ou o acesso a alguma informação constrangedora, por exemplo) para controlar e prejudicar outras crianças. É um comportamento repetido ao longo do tempo, que acontece mais do que uma vez.
O bullying inclui comportamentos como ameaçar, espalhar boatos, atacar alguém fisicamente (bater, arranhar, cuspir, roubar ou partir objetos) ou verbalmente (chamar nomes, provocar, dizer às outras crianças para não serem amigas de uma delas, gozar) ou excluir alguém do grupo propositadamente.
O bullying pode acontecer durante ou depois das horas escolares, dentro da escola, mas também fora (nos espaços circundantes, nos meios de transporte) e na internet (por exemplo, no Instagram ou noutras redes sociais). Quer os rapazes quer as raparigas podem fazer bullying ou ser vítimas de bullying.
Como podemos saber se uma criança é vítima de bullying?
As crianças vítimas de bullying podem sentir-se constantemente com medo, ansiosas, com queixas físicas e dificuldade em concentrarem-se na escola. Em muitos casos as crianças vítimas de bullying comprometem-se a permanecer em silêncio sobre as agressões como forma de evitar novas retaliações e deixam de querer ir à escola. Ao serem vítimas, as crianças podem sentir-se envergonhadas, impotentes e incapazes de lidar com a situação.
O bullying não é normal, não faz parte de “ser criança” ou “crescer”, não torna ninguém “mais forte”. Ignorar o bullying não o resolve e responder com mais comportamentos agressivos, também não.
O que podemos fazer?
Uma forma de proteger contra o bullying é manter uma relação de confiança com as crianças, procurando, diariamente, saber como correu a escola, lembrando que estamos abertos para conversar e que, juntos, tentaremos encontrar soluções para os problemas. Para as ajudarmos a protegerem-se, podemos:
• Falar directamente sobre bullying, várias vezes, para que consigam identificar situações, expressar-se e explorar possíveis soluções para se defenderem de forma segura;
• Ser pacientes e escutar atentamente, elogiando a coragem em partilhar o que se está a passar e fortalecendo a sua confiança, dizendo que o bullying é inaceitável;
• Dar sugestões de como lidar com um bully. Por exemplo, dizer “Pára” de forma directa e confiante; ir embora; permanecer junto de colegas ou adultos; encontrar “locais de refúgio”.
• Encorajar a procura imediata de um adulto de confiança – pais, professores/as, auxiliares ou psicólogos/as;
• Marcar uma reunião com a escola para se encontrarem soluções.
Falar sobre
bullying nem sempre é fácil, especialmente se a vítima ou o
bully for o nosso filho/a.
Pode saber mais sobre o bullying e sobre como ajudar aqui. Lembre-se que um/a Psicólogo/a pode ajudar!
Apoio e edição: Multicare
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