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Saúde materna, muito mais do que a saúde da grávida

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Saúde materna, muito mais do que a saúde da grávida

A organização mundial de saúde define saúde materna como a saúde da mulher durante a gravidez, parto e pós-parto. Cada etapa, uma experiência positiva que garanta que a grávida e o seu filho atingem o máximo do seu potencial de saúde e bem-estar. Mas será só isto?
Infelizmente, continuamos a ter taxas de mortalidade e morbilidade materna grave inaceitáveis. E para quem pensa que estamos a falar de países em desenvolvimento, saiba que a mortalidade materna aumentou, na Europa, 17% entre 2016 e 2020. Um em cada 10 recém-nascidos nasce prematuro, permanecendo esta taxa inalterável em todo o mundo nos últimos 10 anos. ​​

A idade materna está a aumentar condicionando que cada vez mais grávidas sofram de condições crónicas que têm de ser geridas juntamente com a gravidez. Limitar a vigilância da saúde da mulher ao período perinatal é perder a oportunidade de diagnosticar e controlar situações de doenças crónicas e de eliminar fatores ambientais e sociais que tanto contribuem para estes resultados. A saúde materna deve começar muitos anos da mulher querer ou pensar em engravidar.
Por outro lado, há cada vez mais disparidades no acesso a serviços de saúde de qualidade, ao mesmo tempo que os serviços de saúde existentes demonstram uma clara incapacidade em promover uma verdadeira literacia de saúde.
Toda a sociedade tem de contribuir para a saúde materna porque é inegável o efeito que uma melhor saúde materna pode ter no desenvolvimento e felicidade social. ​​​​​​

As mulheres devem ser o principal motor da sua saúde. O poder é delas. Sozinhas, ou com o apoio da família, são as grandes responsáveis por manter práticas e estilos de vida saudáveis. E o corpo agradece se cumprir algumas destas regras: 

  • Coma saudável, pratique exercício físico, durma o suficiente
  • Não fume, não consuma substâncias potencialmente lesivas, modere o consumo de álcool e se está a pensar engravidar pense em parar
  • Atualize as suas vacinas
  • Visite regularmente o seu ginecologista e cumpra os rastreios de cancro do colo do útero e da mama. Informe-o se está a pensar engravidar
  • Cuide dos seus dentes com​ visitas regulares ao dentista ​
  • Se tem uma doença crónica, como a hipertensão ou diabetes, siga os conselhos médicos e cumpra a medicação. ​
  • Esteja atenta à sua saúde mental ​
  • Conheça os seus antecedentes familiares médicos ​

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E depois, quando engravidar: 

  • Cumpra as visitas regulares ao seu médico /obstetra
  • Saiba as alterações normais pelas quais vai passar durante a gravidez e saiba quais os sinais de alarme a estar atenta
  • Questione o seu médico com as suas dúvidas
  • Questione o seu médico sobre as suas queixas

Por seu lado, todos os profissionais de saúde, sejam enfermeiros, fisioterapeutas ou médicos, têm a obrigação de educar, acompanhar e cuidar das mulheres antes, durante e depois da gravidez.

Cabe aos médicos em geral, mas especialmente aos de medicina geral e familiar e aos obstetras, garantir uma saúde preventiva de qualidade:

  • Avaliando fatores de risco
  • Promovendo os rastreios e a vacinação
  • Aconselhando sobre planeamento familiar e gravidez
  • Instituindo os suplementos adequados (ex. ácido fólico)
  • Ajudando no controlo das doenças crónicas como a hipertensão, diabetes, obesidade, ou doenças mentais.
  • Promovendo um ambiente familiar de suporte, rastreando possíveis situações de violência ou de conflito.


Mas a sociedade também tem obrigações. E se compete ao estado a criação de ambientes, físicos ou sociais, que promovam a saúde, as boas práticas e permitam o acesso a cuidados de saúde de qualidade, a comunidade é responsável pelo desenvolvimento de iniciativas ou associações que vão de encontro às necessidades maternas, como workshops, clínicas de amamentação ou apoio no pós-parto.

Aos hospitais e aos centros de saúde cabe criarem as condições para que todas as grávidas possam ter uma experiência de gravidez e parto positiva independentemente das suas preferências ou raízes. Não podem, no entanto, comprometer a segurança.
Os empregadores são também uma peça importante neste quadro e podem contribuir adotando políticas family-friendly como horários flexíveis, creches locais ou negociando seguros para os seus empregados. Ter um seguro de saúde é atualmente um fator determinante no acesso a cuidados de saúde de qualidade, o que torna as seguradoras cruciais na criação de saúde.

Mens sana in corpore sano, é este o segredo para uma gravidez vivida em segurança por isso procure o seu médico antes de tentar engravidar, faça check ups regulares, obtenha a máxima informação e o melhor controle da sua doença. Prepare a sua gravidez cuidando da sua saúde.

Autoria: Dra. Élia Fernandes | Médica Especialista em Ginecologia-Obstetrícia

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